Pedalando na Chuva: Tipos de Capas

Esses dias tenho realizado alguns deslocamentos pelo bairro, na chuva. Lembrei que, na minha última cicloviagem pelo Mato Grosso, precisamente em Nobres, saí um dia para ir às cachoeiras e eu e Wilson, pegamos um chuvão na estrada. Para o meu azar tinha esquecido minha capa de chuva no hotel em Cuiabá. Ele também esqueceu a dele, mas na pousada em Nobres. Estavamos numa BR. Quando a chuva apertou não havia abrigo por perto. De um lado soja, do outro também. Hectares e hectares de soja e nenhum abrigo! rs.. Encontramos numa rotatória uma placa de sinalização e ficamos ali esperando a chuva passar. Mais uma vez aprendi que principalmente no verão… é bom levar uma capa.

A temporada das chuvas em BH é um desafio. As ruas viram rios e as ladeiras cascatas. Bueiros invisíveis e rios encaixotados viram armadilhas a se evitar . Mesmo assim há momentos em que pedalar é preciso, ainda que na chuva, pois é melhor do que ficar preso em engarrafamentos pela cidade. Parafraseando o Raul Seixas, foi pedalando que perdi o medo da chuva.

“… Eu perdi o meu medo., meu medo, meu medo da chuva. Pois a chuva voltando pra terra
Traz coisas do ar…”  foto W. Odilon

Essa época já separo alguns itens essenciais. Começando pelas capas. Elas são super importantes porém, pouco usadas no Brasil. Ainda temos uma cultura muito pequena de uso de capas e outros acessorios na chuva. Mesmo no ciclismo esportivo, andei pesquisando imagens e contas de ciclistas no instagram, raros são os que pedalam na chuva agasalhados. Galera sai muito despreparada. Quem usa capa sabe como são importantes e também como nem todos os modelos são práticos para acompanhar o pedal.

Minas três capas principais.

Há uma infinidade de modelos de capas. Mas separei aqui três que costumo usar: jaqueta, poncho e trench coat.

O poncho é um dos tipos mais antigos da capa. Muito versatil e ventilado. As aberturas laterais e inferiores é que determinarão sua eficacia. Ponchos militares, por exemplo, são muito abertos e, usados em velocidade tendem a deixar o ciclista descoberto. Há varios tutorais, ensinando a fazer poncho mas a chuva não perdoa improvisos. Os modelos que mais achei eficientes, e que inclusive tenho, são os que cobrem os braços e as mãos no guidão.
O cumprimento e modelagem são diferenciados e eles são feitos para ciclistas. Procurei modelos de marcas brasileiras e não encontrei. Na decatlhon vi um modelo que me parece ser bem aceitável.

Shanghai, China

Jaqueta. Peça popularizada por jovens e que possui uma infinidade de tipos. As inspiradas no modelo bomber (que foram criadas para aviadores antes da segunda guerra) são muito versáteis e preferidas, já que, podem ser usadas em várias ocasiões fora da bike. Porém se forem muito curtas protegerão menos. Dica: evite mochila pois ela atrapalha a ventilação e pode ser que o suor deixe-o(a) mais encharcado(a) que as gotas de chuva. A marca Otro Bike Wear criou um modelo chamado acqua, que achei muito interessante, leve, com uma modelagem que cobre a parte traseira, ventilada e com faixas refletivas.

Ultimamente tenho testado também um corta-vento que comprei na Aliexpress e tenho curtido.

Pedalando pelo bairro com corta vento.

Trench Coat outra peça surgida de militares. Já até escrevi sobre esse casaco. É o mais elegante dos três e perfeito para bikes urbanas com o quadro mais rebaixado. Uma das vantagens é que geralmente são mais duráveis pois usam materal mais robusto. Costumam cobrir abaixo da cintura e também protegem do frio. Por outro lado, se usadas com muitas camadas e numa pedalada forte, te fará transpirar muito! Eu costumo levar uma camisa extra quando uso essa capa para o caso de ficar mais ensopado com o calor que pode fazer dentro dela!

Em outro post vou explicar que a bike também precisa ter alguns itens para encarar a chuva. Bom pedal!

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