Dia de Massa, dia de bermuda.

Hoje é dia de Massa Crítica. Centenas de pessoas  saem às ruas de várias cidades pelo mundo reivindicando o espaço urbano que atualmente é tomados por carros. Eu só pensei na praticidade de sair do trabalho e me juntar a Massa.

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Foto: Daiana Souza

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Foto Daiana Souza

Sexta é dia de leveza.

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Sempre-vivas. Foto Gil Sotero

Camisa por dentro de bermudas é fácil aderir. Veja algumas inspirações para compor o seu look. 

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Forma de Expressão

Mesmo em tempos de fast fashion vestir-se ainda é uma forma de expressão para muitas pessoas. A historiadora Anne Hollander dizia que “a moda vai muito além da roupa” e que a “arte de se vestir é a que todos nós praticamos”. Em seus livros e ensaios, defendia que roupas revelam muito mais do que ocultam – sobre arte, percepções do corpo e de nós mesmos. Foi com esse pensamento que sai de casa hoje.

Fotos: Daiana Souza. Editora Wanessa Paixão.

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Pingos e enxurradas de… preguiça

Conheço muita gente que mora a menos de 4 km do trabalho e que poderiam facilmente usar a bicicleta, ônibus, ou até combinar caminhada e transporte. As mesmas alegam que BH não é uma cidade para pedalar. Muitas dessas pessoas são sedentárias, inclusive enfrentando um jornada extensa e imobilizadas já que ficam horas sentadas em suas respectivas atividades. Algumas já a base de remédios. Essa postura “preguiçosa”  está tornando as pessoas mais desanimadas e inclusive deprimidas.

Então para alguém assim, que ao subir dois lances de escada pensa que vai morrer, parece que qualquer esforço é um grande desconforto. Quando se darão conta que os alertas médicos são reais? A mobilidade faz parte da vida! Há vários tipos de bicicletas, formas de realizar os trajetos, de combinações de modos ou (como chamam os especialistas) modais de transporte que podem realmente fazer mais do que melhorar a qualidade de vidas das pessoas; ajuda também a tornar a cidade um lugar mais agradável.

Foi pensando nisso que hoje estou com minha bicicleta elétrica.  Bicicleta é liberdade, inclusive desses modelos mentais que nos aprisiona.

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Blazer azul marinho (o grande curinga do guarda-roupa masculino). Jeans pois, com a chuva esses dias a temperatura melhorou um pouco e botas. Na bolsa capa de chuva e meias extras caso esteja em um deslocamento e aquele temporal comece.

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Rua da Bahia

Hoje está tão quente que qualquer pessoa frita um ovo na cabeça! Assim preferi roupas bem leves e sandálias estilo franciscano. À tarde dei uma volta pela rua mais famosa de BH. Quem já veio a Belo Horizonte conhece a rima: “minha vida é esta: subir Bahia, descer Floresta”. Quando o verso foi composto por Rômulo Pães na década de 30, o bonde, subia a Rua da Bahia no sentido Santo Antônio e a descia, indo em direção à Floresta. A pé ainda podemos fazer o mesmo percurso. Amo a Rua da Bahia. Hoje encontrei a linda fotografa Anna Castelo Branco. Um Happy Hour gostoso no meio da Bahia (rua).

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Foto: Anna Castelo Branco

Sandálias

O que Jesus, Maomé e Faraó tinham em comum? Sandálias. Houve um tempo que os homens faziam grandes jornadas de sandálias. Alguém decidiu fechar os pés em sapatos e cá estamos. 40 graus na rua e 60 nos pés.

Resolvi experimentar trabalhar de sandálias. Como é confortável! A técnica foi a mesma de sempre: distrair os “censores” com outros itens como chapéus Panamá (super útil nesse dia quente) e camisa colorida da Santo Hype (adoro as bicicletinhas deles). Tenho que agradecer os chinelos ao amigo Ronam que me deu de presente há alguns anos em João Pessoa.
Me disseram que eu estava parecendo um turista. Fiquei refletindo sobre isso: roupas de turista. Geralmente são esportivas. Os homens adoram bermudas cargos como se estivessem num Safari! Kkkkk nada a ver com meu estilo. Mas em uma coisa concordo: é preciso ser confortável. Por que preciso esperar férias para andar confortável? As sandálias representam liberdade também. Fica a dica.
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Sandálias de João Pessoa e tornozeleira de Cartagena, casaram perfeitas.

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A cara de felicidade

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As sandálias apareceram na Mesopotâmia e no Egito, 5 mil anos antes de Cristo. Eram feitas de fibras vegetais e couro e nem todo mundo podia usá-las: eram exclusividade dos soberanos sumérios, assírios, babilônicos, cretenses e egípcios. Faraó dava muita importância às sandálias. Tinha uma pessoa só para levá-las de um lugar ao outro.

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As sandálias podem fazer parte de diversos tipos de looks, desde o sofisticado quando o despojado. Pegue suas sandálias e vá.

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Bermuda sim, tornozeleira também.

Há 30 dias não chove em BH. A cidade esquenta cada vez mais e os termômetros já ultrapassam os 30º graus e permanecem assim até a noite. As empresas continuam obrigando os funcionários a usarem roupas quentes e a auto censura impede até mesmo aqueles que trabalham em ambiente mais informais a usá-las. Meu conselho é: libertem-se. O calor aumenta o mau humor e em muitos casos diminui a produtividade. Então, sejamos prático: bermuda sim.

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Ainda inspirado em Cartagena fiz esta tornozeleira com pedras brancas e olho grego. Gostei. Farei outras.

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Não pode faltar pulseiras também.
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Pedaladas Árabe

Hoje recebi um presente do meu amigo Bruno Menezes. Ele trouxe um shemagh de Dubai. Tive que aprender primeiro como amarrar. Assisti alguns videos (até de fashionistas) ensinando vários modos de usá-lo. Porém, a simplicidade desse árabe que parece realmente usar o shemagh me cativou e aprendi na primeira tentativa após assistir ao video.

As pessoas pensam que shemagh esquenta. Pelo contrário. Aliás, vou confessar algo: ficamos aqui no Brasil tentando seguir a tendencia para o calor vindo da Europa e Estados Unidos, lugares que enfrentam altas tempraturas por no máximo  2 meses ao ano, enquanto os árabes e os caribenhos já têm muita experiência em como andar sob o sol escaldante há séculos.

Muito antes de existir protetor solar, as túnicas de puro linho protegiam a pele desses povos.

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Pedalar em BH com shemagh foi muito legal. Pela primeira vez, NENHUM motorista tirou fina de mim. Por que será? Mas vamos combinar não dar para passar despercebido usando um shemagh numa BH 40° graus. As pessoas olharam bem desconfiadas. Acho que os acontecimentos recentes podem ter contribuído para aumentar o preconceito contra os árabes. Se queremos a paz, temos que combater essa aversão aos muçulmanos. Salaam Aleikum.

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