Uma rede de loja fast fahion lançou há alguns meses uma campanha de moda sem gênero, em que namorados (héteros) trocavam de roupa. O conceito não é novo pois na década de 1920, Coco Chanel fez o mesmo ao subverter roupas do guarda-roupa masculino. Passado tanto tempo ainda há quem se assuste com a ideia. Dado o contexto de intolerância, e também a luta por visibilidade e direitos do público trans, a moda sem gênero embute mais do que compartilhar roupas mas também liberdade dos tabus impostos que determinam a roupa que cada gênero deve usar. Minhas incursões em brechós já me renderam ótimas aquisições na seção feminina. Eu acho os tecidos das roupas para mulheres muito mais adequados ao nosso clima, sem falar nas cores que sempre são mais ousadas. Foi assim que resolvi hoje usar esta camisa de renda quase no tom da minha pele. Acho que ficou ótimo com o blazer e a blusa é super confortável.
Mesmo assim não há nada de ousado no meu look. Outras pessoas que conheço já transitam muito bem por estes mundos. Há quem pense que é apenas mais uma modinha do mundo fashion. Eu não acho. Pelos empoderamento daqueles que não querem mais ser colocados em caixinhas ou pokébolas.