Sem volta 

Independente do que aconteça em Belo Horizonte com relação à promoção do uso da bicicleta eu continuarei usando a minha. As vezes eu penso que essa mudança de paradigma, de uma cidade voltada apenas para quem usa carro, pode não acontecer porque as pessoas já estão tão condicionadas a se sentirem “nuas” se não tirarem os automoveis das garagens ou achando que 1 km de distância é algo para atleta que não enxergam a bicicleta ou até mesmo as pernas, como possibilidade de se deslocar. 

Mas há esperanças. Hoje pedalando pela Andradas e subindo a Guajajaras não tomei nenhuma fina. Até mesmo os motoristas de ônibus me ultrapassaram a uma distância segura. Quando cheguei na Rua da Bahia desci e atravessei andando na faixa como manda a legislação. Mesmo quando estou com pressa passo por fora da faixa ou quando há poucas pessoas vou bem devagar. Pedalando já estou mais rápido do que de carro ou ônibus então para quê a pressa? 

   
 

Dia frio, coração quente 

Ontem foi inaugurada a ciclovia da Avenida Paulista em SP. Acompanhei tudo pela web. Praticamente não saí de casa pois não queria perder nada da cobertura. Foi lindo e espantoso ver como SP pode se transformar (se já não é) o farol brasileiro no quesito humanização da cidade. A faixa vermelha de quase 3 km bem que podia ser um tapete vermelho em homenagem a todas as pessoas que deram seu suor e sangue para que ela fosse concreta. O prefeito Fernando Haddad foi pedalando como uma pessoa qualquer. Esse é poder da bicicleta numa sociedade em que o medo e o terror (principalmente propagados pela TV) fazem as pessoas correrem para uma caixa blindada enquanto perdem a chance de deixar o que realmente é valioso nesse universo: um planeta às futuras gerações..

Hoje o frio em BH me fez usar meu blazer de tweed. Pra lembrar que preciso me manter quente assim como meu coração batendo e bombeando sangue para dar forças as minhas pernas. Isso é viver. Que SP inspire muitos belorizontinos a não se contentar com apenas 70 km de ciclovias.

Fotos: Jocasta Luiza  
      

Ventania e frio

Hoje invernou em BH e na rua um vento frio de arrepiar. Quem saiu sem agasalho deve ter sofrido pacas! Se andando o vento cortava imagina pedalando?. Passei na Intertrilhas para pegar Charlotte que havia deixado no dia anterior depois de uma    fatidica tachinha ter furado o pneu. Os números da mega não acerto mas a tachinha pra me dar um preju… Pelo menos revisaram ela, tensionaram melhor a corrente e aliviaram o empeno da roda dianteira (consequencia de uma queda ano passado). Claro que aproveite e coloquei fita antifuro para evitar essas surpresas. Enfim! Lá estava eu novamante “fixando”. A mochila de couro foi um tesouro hoje esquentando minhas costas. 

   
      

Aproveite e passei no Brechó Dorotea para dar um abraço da minha amiga Amanda e ela me apresentou a esse lindo poncho. Quase “fugi” com ele. Vc usuaria para pedalar? Eu vi ciclistas usando no Perú. Deixei o poncho para quem sabe depois. Fiquei tentado. 

 

Desligue a TV e pedale

Depois da exibição do documentário Bike vs Car ficou claro para mim como há setores como o automobilístico, que detém o poder no mundo, estão controlando a vida das pessoas a um nível nunca visto. Decidem o que todos devem usar, a que esporte e time você deve torcer, quais doenças terão e os remédios que precisam ser tomados. Já decidiram como você deve se locomover e que todos devem ter medo. Estamos na cultura do medo. As emissoras abertas só pregam o terror e nas ruas se você parar para conversar com as pessoas é só isso que se ouve. É como um mantra repetido mil vezes por dia que todos estão introjetando em suas vidas. 

Paralelamente a bicicleta tem sido um contraponto à essa cultura. No domingo nos reunimos na praça do ciclista e confraternizamos, como sempre, na rua, uma parte da cidade que se apoia e é mais feliz. 

Usando a bicicleta fixa me dei conta como pedalar é algo simples e faz tão bem porque te coloca em contato com a cidade real, com pessoas e consigo mesmo. Ela te reconecta a vida sem tanto medo quanto aqueles que vivem “blindados” em inúmeras caixas comprando a “segurança” dos mesmos que os amedrontam. 

No outfit estou usando uma camiseta por baixo da camisa xadrez, sempre levo uma extra na mochila pois se enxarcar de suor eu troco. Como o inverno chegou isso não está sendo necessário mesmo assim me previno. O scarf é para proteger do vento frio principalmente à noite quando as temperaturas caem. 

   
     

Fixa Origens 

Essa semana comecei a usar a fixa no centro. A bicicleta roda fixa virou febre em metrópoles como NY, SP, Londres. Apesar de está se tornado comum nos últimos anos esse tipo de bicicleta remota as origens das bicicletas. As primeiras criadas na humanidade  também exibiam o mesmo mecanismo simples: você pedala sempre sem parar. A minha trouxe de NY. Ela lembra uma Bianchi mas é uma Micargi. Eu mudei algumas peças para deixar o visual mais retrô mas não fiz nenhuma gambiarra. Ela já nasceu fixa. 

Pra usar a fixa o look também é mais simples. Eu só não gosto de usar mochila porque esquenta muito as costas. Vou tentar usar uma menor para ver. 

Fotos: José Martins

   
       

Cotoveleiras para acertar o “alvo”

Blazers com cotoveleiras (inglês é elbow patch) já fazem parte do guarda-roupa dos descolados de plantão. Essa “intervenção” ficou famosa na Inglaterra na década de 1920 nas roupas de estudantes para reforçar essa parte dos paletós.

A origem das cotoveleiras no figurino masculino entretanto não foi registrada mas segundo o que li em alguns sites gringos, as cotoveleiras surgiram primeiro na indumentária militar,  principalmente na tropa de elite (os atiradores) que precisam usar bastante os cotovelos para firmar e apoiar as armar e acertar os “alvos”. 

Quando as cotoveleiras se popularizaram ajudaram muita gente que não podia encomendar roupas com frequência. Então o reforço virou  remendo cool para esconder o desgaste das peças. 

O tempo passou e as cotoveleiras foram esquecidas e tidas como “bregas” por muitos. Porém elas voltaram e hoje quem possui um blazer com cotoveleiras também “acerta” o “alvo” da elegância. 

Atenta a essa tendência várias marcas lançaram modelos com cotoveleiras (caríssimos por sinal). Mas se você não quer gastar uma grana para usar uma peça descolada, que tal customizar aquele blazer que você acha sem graça? Foi o que fiz. Costurei cotoveleiras de couro no meu blazer. Adorei o resultado. 

   
   

   
    

 

As cotoveleiras podem ser aplicadas em vários tipos de blazer e o material delas variam entre tecido e couro. 

        

  

  

Blazer e camiseta

Eu sempre digo que o blazer é uma peça indispensável para o homem contemporâneo . Ele pode tornar o visual esportivo em um look descolado e moderno. 
O segredo é usar blazer bem cortados que seja para seu tipo físico e escolher as combinações amigaveis. O resultado é o elogio de quem te interessa #ficadica. ;). 

   

Esta foto do metrô agradeço Samara Santo, que gentilmente fez o registro. Obrigado Samara!

   

Para inspirar