Galeria

Gorro

Camisa de Chita

O gorro masculino é um acessório de inverno que tem uma longa história. Ele é usado para manter a cabeça e as orelhas quentes durante os meses mais frios do ano. Embora o gorro masculino moderno tenha evoluído ao longo dos anos, suas raízes remontam a muitos séculos atrás.

Não se sabe ao certo que povo criou o gorro. Há registros de gorros masculinos de cerca de 1000 a.C. Eram feitos de lã ou peles de animais e eram usados pelos povos nômades da Europa e da Ásia. Esses gorros tinham a função de proteger a cabeça do frio, mas também eram usados para fins culturais e religiosos. É certo que quando os europeus chegaram aqui na América do Sul encontraram também os gorros dos meus ancestrais andinos; os Aymaras (povo andino da região entre Peru, Bolívia e Chile) usam há séculos uma touca de lã conhecida até hoje como…

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Chapéu Panamá

O chapéu panamá também conhecido como El Fino no Equador, onde é fábricado, é um ícone de elegância nos trópicos. Esse chapeu é fabricado desde 1834, segundo o dicionário oxford. Com uma trama minuscula e bem feita sua forma vem da fibra da planta Carludovica, conhecida também como toquilla, que é fartamente encontrada apenas em uma parte do Equador. Aqui você pode assistir uma matéria sobre sua produção. Reza a lenda que o nome chapéu panamá surgiu devido o grande fluxo de trabalhadores europeus durante a contrução do Canal do Panamá. O chapéu era usado para proteger esses trabalhadores do sol da região (que realmente é castigante). Mas a fama mundial se deu quando o presidente estadunidense Theodore Roosevelt, usou-o durante uma visita ao canal do Panamá, em 1906. Ao ser questionado por jornalistas sobre o chapéu que usava, respondeu que era um chapéu do panamá, e assim o nome pegou; chapéu panamá.

Theodore Roosevelt, com o chapéu no Panamá.
Foto Bala Beach

Um chapeu panamá autêntico pode custar muito. Mas o modelo se popularizou. Tenho vários, inclusive um comprado no Panamá, quando estive lá. È perfeito para o clima do Brasil e acho que combina com vários looks primavera/verão. Hoje usei a clássica combinação; linho, algoodão e couro e chapéu panamá. A elegância só aglomera consigo..rs.

O chapéu panamá é muito versatil e no clima mais quente pode ser usado com vários tipos de looks. O mais importante é que é um acessório util e proteje o rosto do sol.

Pedalando na Chuva: Tipos de Capas

Esses dias tenho realizado alguns deslocamentos pelo bairro, na chuva. Lembrei que, na minha última cicloviagem pelo Mato Grosso, precisamente em Nobres, saí um dia para ir às cachoeiras e eu e Wilson, pegamos um chuvão na estrada. Para o meu azar tinha esquecido minha capa de chuva no hotel em Cuiabá. Ele também esqueceu a dele, mas na pousada em Nobres. Estavamos numa BR. Quando a chuva apertou não havia abrigo por perto. De um lado soja, do outro também. Hectares e hectares de soja e nenhum abrigo! rs.. Encontramos numa rotatória uma placa de sinalização e ficamos ali esperando a chuva passar. Mais uma vez aprendi que principalmente no verão… é bom levar uma capa.

A temporada das chuvas em BH é um desafio. As ruas viram rios e as ladeiras cascatas. Bueiros invisíveis e rios encaixotados viram armadilhas a se evitar . Mesmo assim há momentos em que pedalar é preciso, ainda que na chuva, pois é melhor do que ficar preso em engarrafamentos pela cidade. Parafraseando o Raul Seixas, foi pedalando que perdi o medo da chuva.

“… Eu perdi o meu medo., meu medo, meu medo da chuva. Pois a chuva voltando pra terra
Traz coisas do ar…”  foto W. Odilon

Essa época já separo alguns itens essenciais. Começando pelas capas. Elas são super importantes porém, pouco usadas no Brasil. Ainda temos uma cultura muito pequena de uso de capas e outros acessorios na chuva. Mesmo no ciclismo esportivo, andei pesquisando imagens e contas de ciclistas no instagram, raros são os que pedalam na chuva agasalhados. Galera sai muito despreparada. Quem usa capa sabe como são importantes e também como nem todos os modelos são práticos para acompanhar o pedal.

Minas três capas principais.

Há uma infinidade de modelos de capas. Mas separei aqui três que costumo usar: jaqueta, poncho e trench coat.

O poncho é um dos tipos mais antigos da capa. Muito versatil e ventilado. As aberturas laterais e inferiores é que determinarão sua eficacia. Ponchos militares, por exemplo, são muito abertos e, usados em velocidade tendem a deixar o ciclista descoberto. Há varios tutorais, ensinando a fazer poncho mas a chuva não perdoa improvisos. Os modelos que mais achei eficientes, e que inclusive tenho, são os que cobrem os braços e as mãos no guidão.
O cumprimento e modelagem são diferenciados e eles são feitos para ciclistas. Procurei modelos de marcas brasileiras e não encontrei. Na decatlhon vi um modelo que me parece ser bem aceitável.

Shanghai, China

Jaqueta. Peça popularizada por jovens e que possui uma infinidade de tipos. As inspiradas no modelo bomber (que foram criadas para aviadores antes da segunda guerra) são muito versáteis e preferidas, já que, podem ser usadas em várias ocasiões fora da bike. Porém se forem muito curtas protegerão menos. Dica: evite mochila pois ela atrapalha a ventilação e pode ser que o suor deixe-o(a) mais encharcado(a) que as gotas de chuva. A marca Otro Bike Wear criou um modelo chamado acqua, que achei muito interessante, leve, com uma modelagem que cobre a parte traseira, ventilada e com faixas refletivas.

Ultimamente tenho testado também um corta-vento que comprei na Aliexpress e tenho curtido.

Pedalando pelo bairro com corta vento.

Trench Coat outra peça surgida de militares. Já até escrevi sobre esse casaco. É o mais elegante dos três e perfeito para bikes urbanas com o quadro mais rebaixado. Uma das vantagens é que geralmente são mais duráveis pois usam materal mais robusto. Costumam cobrir abaixo da cintura e também protegem do frio. Por outro lado, se usadas com muitas camadas e numa pedalada forte, te fará transpirar muito! Eu costumo levar uma camisa extra quando uso essa capa para o caso de ficar mais ensopado com o calor que pode fazer dentro dela!

Em outro post vou explicar que a bike também precisa ter alguns itens para encarar a chuva. Bom pedal!

Brogue perdido

Voltando a escrever depois de um longo hiato e também pela nova rotina imposta pelas consequências da pandemia mundial com a Covid19.

Esse isolamento trouxe de volta uma coisa boa pra mim. Ganhei estes sapatos, um brogue, de um amigo no final de 2017. Estava com solado estragado mas eu vi que era um ótimo modelo para recuperar. Além disso eu não tinha esse estilo de calçado dentre os clássicos que gosto. Levei ao sapateiro e por ironia do destino ele ficou lá por dois anos. Primeiro foi dado como perdido. Depois eu não conseguia conciliar o tempo que o sapateiro ficava aberto para ir pegá-lo. Pois essa semana o sapateiro disse que passaria perto de casa para entregar-me e ele voltou a mim.

Eu ja escrevi sobre os tipos de sapatos masculinos aqui no blog. Mas vamos relembrar a historia desse tipo de sapatos.

O brogue tem origem na Europa, na idade media, precisamente entre a Escócia e Irlanda. A ideia era deixar os sapatos dos homens mais adequados para o trabalho ao ar livre. Trabalhadores que punham os pés na lama, na época, viram como foi importante a criação desse calçado.

O nome é derivado do gaelico  bróg, que significa “sapato”. Era um sapato rústico, pesado e funcional para proteger os pés dos trabalhadores, caçadores e etc que precisavam atravessar brejos e lamaçais . Os furinhos – broguing – tinham a função de drenar a água quando atravessavam esses terrenos!

Segundo a Luie calçados as principais características do modelo são: “o “medalhão” na ponteira, o desenho no formato da letra W (wingtip) e as asas que se estendem pela lateral do sapato. Não são, contudo, adereços obrigatórios, pois o mais importante é a presença dos broguing (furos)”

Meus brogues recuperados

Os brogues eram sapatos de pobres e plebeus. Nem eram usados pelos mesmos em ocasiões formais como casamentos e etc. E assim atravessou séculos até que 1930 caíram no gosto da nobreza inglesa e das estrelas de Hollywood. Hoje são tantas versões para homens e mulheres que já é possivel dizer: desde sua criação os brogues nunca sairam dos pés da humanidade. E você tem algum brogue em casa?

Eles podem ser usados com jeans, sarja, social e em momentos informais ou formais. Estão em todos os locais e combinam com praticamente todos estilos. Aqui uma pequena seleção da variedade de sapatos.

Suspensorios; peça de 200 anos.

Hoje usei os primeiros suspensorios que comprei na vida. Quando tinha 19 anos.

Quando o usei lembrei exatamente da sensação de comprá-lo novo na loja em Salvador. 20 anos depois ele continua um xodó.

Segundo historiadores(as) da moda o suspensório surgiu há mais de 200 anos e teve seu auge na década de 1950.

Foi criado para segurar as calças. Ficou fora do estilo dos homens na década de 1960 mas nos ultimos anos tem sido resgatado no dresscode masculino. Eu simplesmente adoro suspensorios.

É possível usá-lo em diversas combinações.

Trench Coat – um casaco feito para dias imprevisíveis

Em 1895 Thomas Burberry, criou um casaco para soldados ingleses feito com gabardine (a época um tipo de lã impermeável criado e patenteado por ele) especificamente para soldados a pedido do exercito britânico.

Logo, o casaco que protegia do inverno e chuva, virou integrante do uniforme de soldados de trincheiras.

É dai que vem o nome: trench coat. Trench significa trincheira.

Como as chuvas são frequentes na Inglaterra o casaco caiu no gosto da população e hoje é usado em todo o mundo.

O meu achei numa feira de rua em Amsterdam. De cara vi que me servia, apesar se não experimentá-lo na hora pois estava muito frio. Sempre quis ter essa peça classica mas são carissimas no Brasil. A paciência me rendeu este que alem de novo pois o dono anterior mal usou, custou uma bagatela. O diferencial dele é que alem de proteger do frio leve, protege da chuva. Como não temos um inverno rigoroso em BH, uma camisa social ele por cima, basta para andar protegido e elegante em dias de imprevisíveis.

Da próxima vez que usar seu trench coat lembre-se que muitos soldados sobreviveram graças a ele.

Chapéu Coco

Tenho uma pequena coleção de chapéus. Preciso limpá-los as vezes. Hoje peguei o famoso chapéu coco também conhecido como bowler hat .

Esse simpático nasceu bem peculiar. Segundo consta em textos ingleses em 1849, o político Edward Coke (Inglaterra), encomendou à Lock and Company um chapéu baixo e duro para ser usado em suas montarias, já que a cartola – o chapéu da moda da época, sempre colidia com os galhos mais baixos durante seus passeios à cavalo. O protótipo foi criado pelos chapeleiros Thomas & William Bowler (daí o nome que acho mais justo pois se refere ao criador).

Reza a lenda que ao receber o chapéu, Edward Coke teria jogado o chapéu no chão e pisado nele duas vezes e continuou intacto. Ah uma curiosidade: o nome chapéu coco vem da tradução Coke Hat uma menção ao Edward. .

O chapéu foi popularizado em muitas classes. inclusive para uma das gangues americanas mais mais famosas como as que faziam parte Butch Cassidy e Sundace Kid que chegaram até a América do Sul em 1901 e promoveram uma série de grandes assaltos. Os bandidos tinham a fama de burlarem as polícias e autoridades locais e andarem bem elegantes.

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Da esquerda para a direita: Sundance Kid, Tall Texan, News Carver, Kid Curry e Butch Cassidy. Em Fort Worth, Texas, 1901.

 

 

O tempo passou e o chapéu foi popularizado por trabalhadores ingleses e até artistas como Chaplin. Foi esquecido (não na Bolívia onde coroa as cabeça das cholas) e há hoje um resgate desse tipo de chapéu mundo a fora. O meu já usei no #tweedridebh várias vezes. Tenho muitas historias com esse modelo. Inclusive o primeiro que encontrei dei a mainha num episódio hilário e perigoso em que o chapéu saiu da sua cabeça e atravessou uma avenida de NYC

Com tantas histórias em sua existência não é um chapéu qualquer né? requer certa atitude para usá-lo. Hoje resolvi dar um passeio com o meu.

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Utilidade

Mais de 48hs de chuva direto em BH e sair sem se molhar é quase impossível. Felizmente eu tenho pelo menos 5 itens que me protegem e são bem úteis nesses dias encharcados: capa de chuva, mochila impermeável da 2C2 bags,  sombrinha e capa para ela, e por ultimo a  bota impermeável Timberland (que comprei na blackfriday ano passado e que me acompanhou pela Europa onde pegou neve e chuva).

Não foram baratos porém todos são de qualidade e combinados posso sair de boa nesses dias. Como aprendi na Alemanha “Não existe tempo ruim e sim roupas e acessórios ruins”.  Axé e ótima sexta.

Processed with MOLDIV

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De volta a Guignard

Essa semana (re)começaram as aulas na Escola de Artes Guignard e claro, fui com minha nobre bicicletinha para a aula. Na volta para o trabalho fui clicado pela amiga Bruna Caldeira do projeto Pés e Pedais, que estava realizando o registro dos ciclistas de Belo Horizonte para a contagem de 2018.

A Bernardo Monteiro é uma das minhas ciclo rotas para a CMBH. Ontem fui o 116° ciclista a passar pelo contador. Será um semestre intenso. Bora lá.

No outfit  acabei me inspirando no visual worker onde o jeans tem forte presença. São peças que manterei no meu guarda-roupa por muitos anos por sua durabilidade e atemporalidade.

A pé na conversa

Hoje o tempo virou e pegou muita gente desprevenida. Neblina e uma chuva fina esporádica, alem do frio, deram o tom matinal. Há quem ache desconfortável usar o que consideram “muita” roupas por causa do calor. O que pouca gente sabe é que o corpo não sente frio nem calor de forma homogênea.

Assim varias pessoas ficam resfriadas ou gripadas por acharem desnecessário um agasalho. Aconteceu comigo uma vez ao viajar no frio e pedalar agasalhado mas desconsiderei o frio absorvido pelas partes expostas. Resultado: peguei um baita resfriado. Aprendi a lição pois desconfortável mesmo é sentir o tempo e ficar doente. Equalizar nosso estilo ao que nosso corpo sente e ao  tempo externo é uma ciência.

Hoje usei uma blusa fina, um blazer grosso de algodão por cima, calça de sarja e tênis. Andei quase 6 km para chegar ao trabalho. Eu gosto de andar quando não estou de bike. Posso conversar com amigas, ir batendo papo e depois conversando com meus pensamentos e claro: observando a cidade. A roupa foi super adequada pois como tenho costume já sei o que usar para a caminhada. Quando esquentou tirei um pouco o blazer.

Foto Lais Monteiro. Com quem andei boa parte da caminhada e sempre temos conversas proveitosas. O caminho foi somente descer e descer. Das coisas boas de BH.